02/04/2011

Dead Space 2 - Análise

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Com saudades de Isaac Clarke? Dead Space foi um dos melhores survival horror que jogaram? Pois a EA e a Visceral Games quiseram que os poucos jogadores como você, que gostavam que a série continuasse, esperassem mais tempo por mais momentos de sustos e de puro terror. Mas se acharam mesmo que o primeiro foi assustador, e esperam que o segundo seja mais do mesmo não se preocupem, posso já adiantar que não é, este promete mais ação e suspense e uma dose dupla de sustos.

Começando pela história, passam-se três anos depois do final do jogo original, e Isaac encontra-se na colônia Sprawl, uma instalação humana alojada numa lua de Saturno, Titan. Contudo este não é um local seguro, o nosso personagem encontra-se em tratamentos psicológicos, na sequência dos acontecimentos do primeiro jogo que resultaram em persistentes danos psicológicos em Isaac, e devido a esse problema, ele irá ter que lutar contra a sua própria mente enquanto enfrenta as vagas de Necromorphs.

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A tensão que o jogo nos provoca deve-se muito aos ambientes, estes foram construídos de tal maneira que um claustrofóbico pode ter uma crise apenas por jogar este jogo: cenários com vários caminhos, a maioria deles são corredores apertados e salas com tudo remexido e espalhado, estes com pouca luminosidade são verdadeiros cenários de terror. Ao contrário do primeiro que não sofria muito de falta de luminosidade e que na maioria das partes de ação existia espaço suficiente para nos preparar a vaga de inimigos que apareciam, apesar de alguns nos surpreenderem pelas costas, em Dead Space 2 esperem apenas inimigos em qualquer uma das direções por onde possam prosseguir tirando estes proveito da escuridão, pois eles aparecem de onde menos esperamos. Os detalhes gráficos foram melhorados, a qualidade em relação ao primeiro é visível, tanto a nível da iluminação e efeitos dos ambientes como das texturas e dos modelos.

O que também sofreu melhorias foi a jogabilidade, Isaac perdeu um pouco de peso excessivo que se sentia em Dead Space, controlá-lo é agora mais fácil e de um modo mais fluido, a habilidade Telekinesis (TK) apresenta melhor controle, já não sentimos a dificuldade em pegar e lançar algum objeto com alguma precisão, pois iremos precisar dele para nos livrarmos dos nossos inimigos, partindo janelas e criando descompressão nas salas que possibilitam essa ação, algo que não acontecia no primeiro. Foi-nos dada liberdade em locais com gravidade zero, devido aos pequenos propulsores incorporados no fato de Isaac, que nos permite vaguear livremente pelo cenário, algo que no original era executado com saltos de umas paredes para outras. Continuamos a poder transportar até quatro armas, mas neste temos uma nova arma, a Javelin Gun, que nos permite pendurar os corpos dos Necromorphs às paredes, no que toca às outras armas apenas sofreram ligeiras modificações, mas o seu funcionamento é igual ao original.

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O que se manteve incrivelmente bom foi o som do jogo, outro ponto bastante crucial para o suspense do jogo, desde já aconselho a usarem phones, caso não tenham um bom sistema de som, pois assim não se irão distrair com nada e apanham todos os efeitos auditivos que o jogo proporciona. Conselhos à parte, todo o ambiente sonoro é crucial para o jogo, sem ele o jogo perderia muita da sua capacidade de nos deixar sem respiração e com o coração nas mãos. Como no original se nos encostamos a alguma coisa criamos barulhos, que se não estivermos à espera saltamos da cadeira e apressamo-nos a procurar o local de onde virá o nosso inimigo, mas neste temos muitos mais objetos que nos farão dar um passo de cada vez. Em muitas das situações tensas, o ambiente sonoro ainda intensifica mais esses momentos, visto que os Necromorphs também receberam uns gritos mais horripilantes e potentes, algo que nos faz temer mais um pouco as demandas que nos aparecem, ficando assim um ambiente mais tenso do que na realidade poderá ser.

O jogo possui cerda de 10 horas de pura intensidade historial, uma longevidade muito idêntica ao original, mantendo assim a qualidade tempo do jogo. Mas neste novo jogo da franquia a Visceral quis apostar no multiplayer, algo que nos dá a entender que foi feito à parte da história, pois não reduziu a qualidade da mesma, mas veio adicionar um pouco mais de longevidade ao jogo, possibilitando assim que os jogadores se divirtam mais umas quantas horas. Contudo, o multiplayer não veio trazer grandes novidades, são modos de jogo com objetivos, colocando de um lado do campo de batalha os Necromorphs e do outro os membros da equipa de segurança da Sprawl, os modos são simples e engraçados, e à medida que vamos aumentando o nosso ranking vamos desbloqueando novas armas e equipamentos.

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Concluísse assim que Dead Space 2 vem continuar o que o primeiro começou, o toque puro de terror, uma qualidade da história incrível, uma qualidade gráfica alta, uma qualidade sonora de top, uma jogabilidade melhorada e a adição de um modo multiplayer, mostram que Dead Space não era o melhor que a Visceral conseguia fazer, a developer conseguiu aumentar a fasquia, manter a grande qualidade da franquia e não torna-la apenas mais uma continuação, mas sim a continuação que todos têm que jogar. Mas Dead Space 2 é melhor que o original? Pode-se dizer que mantém o mesmo nível, tendo em conta as evoluções da industria, mas que as melhorias feitas em Dead Space 2 superam bastante as fasquias colocadas sobre o jogo disso não há duvidas.