28/11/2009

Videogames vão ajudar a resolver crimes no mundo real

Laser 3D vai permitir registros de dimensões e indícios precisos da cena do crime.

Divulgação/TV Record
Videogames vão ajudar investigadores a recriar virtualmente o que aconteceu na cena do crime
  • No famoso seriado policial CSI, os investigadores usam as mais modernas tecnologias para solucionar homicídios e outros crimes.

Em breve, as equipes reais de investigação vão usar a tecnologia dos videogames para ajudar os cientistas forenses a colaborar virtualmente para recriar o que aconteceu na cena de um crime, explica a Dra. Mitzy Montoya, professora de marketing e inovações em gestão da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

- O problema é que embora tenham surgido grandes avanços no ramo da tecnologia dedicada à ciência forense, a forma pela qual as equipes de investigadores se reúnem para colaborar não mudou ao longo dos anos.

  • Recentemente, a universidade recebeu verba de pesquisa de US$ 1,4 milhão (R$ 2,42 milhões) do programa CDI (descobertas e inovações por tecnologias virtuais, na sigla em inglês), mantido pela National Science Foundation, para estabelecer uma base que promova maior colaboração no ramo da ciência forense, por meio de uma plataforma conhecida como IC-CRIME.

A plataforma IC-CRIME vai usar os mais recentes avanços na tecnologia de escaneamento por laser 3D e operará com o sistema básico Unity para videogames, que aciona mais de 50 títulos comerciais, como "Fall Fusion" e "VooDude".

  • A tecnologia de escaneamento a laser, desenvolvida pela 3rdTech, permitirá que os investigadores registrem precisamente as dimensões de aposentos e objetos, além da colocação de cada indício em uma cena de crime.
Os scanners podem capturar milhões de dados em uma cena de crime em apenas alguns minutos e recriar cenas de crimes super detalhadas em modo virtual. O mundo do videogame estará incorporado a uma página da web que também conterá dados em forma de texto e recursos gráficos bidimensionais, explica o Dr. Michael Young, professor associado de ciência da computação e especialista em jogos sérios da universidade. - Estamos criando uma interface fácil de usar, que permitirá aos investigadores forenses conectarem os locais de uma cena do crime a fontes externas de dados, como bancos de dados de cabelos e fibras, imagens de impressões digitais e anotações de investigação.